A imagem de Rayssa Leal, a “Fadinha” do skate brasileiro, estampando através de “marcações” mais de 20 marcas em suas redes sociais, dias antes das Olimpíadas de Paris, é um marco na história do marketing esportivo. Mas, mais do que isso, é um reflexo de como a relação entre marcas e atletas está se transformando, abrindo novas oportunidades e garantindo a sustentabilidade financeira de muitos talentos.
Beatriz Guarezi, uma usuária do LinkedIn, comentou sobre o fenômeno: “as Olimpíadas de Paris estão prestes a começar, e o post da Rayssa Leal alugou um triplex por aqui. Não pela mensagem ou imagem em si, mas pelo que estava quase literalmente por trás dela: vinte marcas + e o quanto as marcas são capazes de fazer a diferença neste momento na vida de um atleta, e de certa forma num sentimento de orgulho nacional.”

Do logo na camiseta ao “look” completo: a evolução do patrocínio esportivo
Antigamente, o patrocínio esportivo se resumia a estampar o logo da marca na camiseta do atleta. Hoje, graças às redes sociais, essa relação se tornou muito mais profunda e interativa. Rayssa Leal, por exemplo, não se limita a exibir logotipos. Ela cria verdadeiros editoriais de moda, combinando peças de diferentes marcas e mostrando como seus patrocinadores fazem parte do seu estilo de vida.

Essa nova abordagem tem diversas vantagens. Para as marcas, é uma oportunidade de se conectar com o público de forma mais autêntica e engajadora, mostrando seus produtos em situações reais e relevantes. Para os atletas, é uma chance de aumentar sua visibilidade e gerar renda extra, além de ter mais controle sobre sua imagem e seus contratos.
Do salário à vitrine virtual: a nova era do patrocínio esportivo
No passado, atletas de alto rendimento dependiam de salários de clubes, bolsas governamentais ou, em alguns casos, do apoio de familiares para custear suas despesas. Muitas vezes, esses recursos eram insuficientes, obrigando os esportistas a abrir mão de seus sonhos ou a se dedicar a outras atividades para complementar a renda.
Hoje, graças à ascensão das redes sociais e à profissionalização do marketing esportivo, os atletas têm a oportunidade de se tornarem verdadeiras marcas pessoais, atraindo patrocinadores e gerando renda por meio de posts, stories e outras ações de marketing.
Beatriz Guarezi, especialista em branding e conteúdo, destaca a importância desse novo cenário: “as marcas são capazes de fazer a diferença neste momento na vida de um atleta, e de certa forma num sentimento de orgulho nacional.”
O poder das redes sociais: transformando atletas em influenciadores
As redes sociais se tornaram uma vitrine poderosa para os atletas, permitindo que eles se conectem diretamente com seus fãs, compartilhem suas histórias e mostrem seu dia a dia. Essa proximidade e transparência são valiosas para as marcas, que buscam se associar a personalidades autênticas e inspiradoras.
Rayssa Leal é um exemplo perfeito dessa nova geração de atletas-influenciadores. Com seu carisma e talento, ela conquistou milhões de seguidores nas redes sociais, tornando-se uma das atletas mais requisitadas do mercado. Suas postagens patrocinadas não são apenas anúncios, mas verdadeiros editoriais de moda, que mostram como as marcas fazem parte do seu estilo de vida.
O impacto na vida dos atletas: mais autonomia e segurança financeira
Essa nova dinâmica de patrocínios tem um impacto significativo na vida dos atletas. Além de garantir uma renda mais estável e compatível com seu talento e dedicação, os patrocínios oferecem aos esportistas mais autonomia e liberdade para se concentrarem em seus treinamentos e competições.
Além disso, a exposição proporcionada pelas marcas aumenta a visibilidade dos atletas, abrindo portas para novas oportunidades e parcerias. Isso é especialmente importante para modalidades menos populares, que muitas vezes lutam por espaço na mídia e por apoio financeiro.
O futuro do marketing esportivo: uma relação cada vez mais próxima e estratégica
A tendência é que a relação entre marcas e atletas se torne cada vez mais próxima e estratégica. As empresas buscarão se associar a atletas que compartilham seus valores e que tenham um público-alvo compatível com seus produtos e serviços. Os atletas, por sua vez, terão mais poder de negociação e poderão escolher as marcas que melhor se encaixam em seus projetos e objetivos.
Essa nova era do marketing esportivo traz desafios, como a necessidade de equilibrar a exposição comercial com a autenticidade dos atletas. No entanto, os benefícios são inegáveis: mais oportunidades para os esportistas, mais visibilidade para as marcas e um futuro mais promissor para o esporte como um todo.